DO CURSO DE PEDAGOGIA DA FASAR - 1990
Nossa cidade nasceu sob os signos
da aventura e da liberdade. Nasceu da união de bandeirantes – e não eram eles
aventureiros? – e dos índios carijós, de espírito livre e altivo. Aqueles
procuravam o ouro – que enriquecia a terra – e estes aqui aportaram em busca da
liberdade que não usufruíam em outras plagas.
Os tempos foram passando. Pessoas
valorosas marcaram o desenvolvimento de Carijós,
depois Queluz e, finalmente, Conselheiro Lafaiete. No decorrer da trajetória
histórica, pioneiros realizaram importantes obras, sempre com a bandeira da
liberdade a tremular na frente de seus propósitos: alcançaram a nossa
emancipação com a criação da vila; participaram de sonhos e lutas em prol da
justiça e da independência, trouxeram água, luz, imprensa, escolas e tantos
benefícios para a nossa terra.
O chafariz da Praça Barão de Queluz,
levantado em 1991, revela, em uma frase, o segredo do sucesso alcançado pelos
empreendedores cidadãos: ASSIDUO VIR PROPOSITI TENAX OMINIA VINCIT (Pela perseverança o homem de propósito firme
tudo vence).
Agora, mais uma vez grandiosa obra planta o
seu marco na história do progresso de Conselheiro Lafaiete, e esta aula
inaugural é o primeiro passo numa sucessão de passos que, temos certeza, serão
vitoriosos. Esta solenidade a que estamos assistindo também está sob o signo da
aventura – sublime aventura para concretizar um ideal; e da liberdade – porque
só através do estudo reflexivo, da aquisição de cultura e do saber, um povo
pode ser verdadeiramente livre, e um curso de Pedagogia é o que melhor
encaminha o espírito do educando para uma visão ampla do significado da vida
humana e para a compreensão e o estabelecimento de objetivos e metas.
Diz
Emerson que “toda instituição é a sombra alongada de um homem”. Dizemos nós que
esta instituição – a Faculdade da Pedagogia – é, não a sombra, mas o reflexo
luminoso de duas pessoas lutadoras, duas irmãs unidas, não apenas pelos laços
de sangue, mas também pelos laços do ideal, pertencentes a uma família que
sempre contribuiu para o valor da Educação em nossa cidade. Não podemos deixar
de citar, saudosamente, Maria do Amor Divino e Luzia – pilares do Ensino, pela
competência e dedicação.
Maria
da Paz e Joana d’Arc, depois de muitos anos prestando benéficos serviços ao
ensino, desde o Maternal até o Curso Médio, trabalharam silenciosamente, por
muito tempo, daquela maneira que é tão bem definida pelo grande poeta alemão Goethe:
“sem pausa e sem pressa, como as estrelas” para presentear a nossa gente,
sempre tão sequiosa de instruir-se, com a oportunidade de aperfeiçoar seu saber
– no caso o pedagógico. Sonharam e, seguindo a recomendação de Tiradentes:
“Sonhos precisam tornar-se realidade”, concretizaram seu ideal.
Esta
é uma escola que preparará futuros educadores e aperfeiçoará aqueles que já se
dedicam à missão de ensinar.
Todos
sabemos que é de inquietação o atual momento educacional.
A
FACULDADE SANTA RITA será uma força não só para a juventude que escolheu agora
o seu futuro, mas também para aqueles que sentem necessidade de labutar na Educação com mais firmeza e
eficiência, norteados pelo Humanismo fundamentado na grandeza e na dignidade do
ser humano. Aqui encontrarão luzes para mais nítidos ficarem os princípios,
estruturarão seus laços com os grandes educadores do passado e do presente e
poderão usufruir os somatórios de suas experiências, de suas descobertas.
Assim exposto o pensamento do professorado
lafaietense sobre a importância do novel estabelecimento de Ensino Superior na
florescente e progressista Conselheiro Lafaiete, prestamos a nossa homenagem de
gratidão a todos os que trabalharam pela sua concretização, de modo especial a
Maria da Paz e a Joana d’Arc, parafraseando o que foi dito sobre um professor
americano: com seu trabalho, vocês já tocaram e continuam tocando várias vidas
e cada uma delas ficaram e ficam melhores por causa de vocês.
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