segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

CIDADE DOS LIVROS E DAS FLORES






















Como seria bom se Conselheiro Lafaiete fosse florida assim...

Imagem da Internet




CIDADE DOS LIVROS E DAS FLORES

Avelina Maria Noronha de Almeida



Certa vez ganhei um caderninho com anotações que um professor laminense, João Duarte Medeiros escrevera em princípios do século XX. Entre muitos registros importantes, havia a referência a um “Anuário de Minas Gerais, dos primeiros anos do século XX, onde o historiador Nelson de Senna dizia ser Queluz um reduto de intelectuais, que o povo daqui amava os livros e não havia casa que não tivesse ao menos uma flor.

É interessante a ligação entre livros e flores porque sinto os livros como flores desabrochadas da literatura. Assim, quando há alguns anos, José Carlos Seabra inaugurou o Espaço Lafayette, escrevi um soneto sobre a cidade dos livros e das flores em homenagem àquela inauguração.

Fiquei muito feliz porque, a partir daí, a frase passou a ser utilizada em vários textos e tomou força de apelido para nossa Conselheiro Lafaiete.

Quanto aos livros, há verdadeira eclosão de lançamentos de obras de lafaietenses, aumentado de ano a ano o número de publicação , mas houve um tempo em que eu sentia falta de muitas flores pela cidade, principalmente no centro, onde os prédios ficam rentes à rua onde se localizam e quase sempre não há espaços para flores, a não ser em praças e em não muitas casas em que se debruçassem trepadeiras sobre os muros.

Felizmente também aumenta ano a ano o número de árvores que florescem pela cidade e pelos seus arredores, principalmente ipês na Primavera

Mas quando viajo na Internet e vejo certas ruas em cidades da Europa, fico encantada com os vasos de flores de espaço em espaço nas calçadas e aquelas casas que não têm jardim com flores nas janelas, ou vasos pendurados nas paredes e nos muros, numa profusão de cores e encantamentos.

Como seria bom se Conselheiro Lafaiete fosse assim!... Seríamos realmente uma Cidade dos Livros e das Flores.


CIDADE DOS LIVROS E DAS FLORES

Avelina Maria Noronha de Almeida

Um “Anuário de Minas Gerais” do início do Século XX dizia que o povo de Queluz amava as flores e os livros.


Ó antiga aldeia dos Carijós,
a Queluz de tanta glória vivida!
Cada dia que passa, mais ouvida
e mais forte se torna a tua voz.

Cantas, pelos teus vales e colinas,
um hino esplendoroso de sucesso
nas rotas do crescer e do progresso
que, em vigorosos passos, tu dominas.

Não te alimenta apenas a lembrança
de um passado de glórias e fulgores:
teu povo nunca para e não se cansa.

Ele trabalha, e escreve, e planta flores
num solo que viceja em esperança
e onde florescem livros e escritores.

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