domingo, 8 de dezembro de 2013

O DIA EM QUE VI UM DISCO VOADOR
















Imagem da Internet



O DIA EM QUE VI UM DISCO VOADOR

Avelina Maria Noronha de Almeida


There are more things in heaven ad earth, Horatio,
Than are dreamt of in your philosophy.

(Existem muitas coisas entre o céu e a terra, Horácio,
Que supõe tua vã filosofia.)

Os versos acima estão no Capítulo I, cena V, de “A Trágica História de HAMLET, Príncipe da Dinamarca”, obra escrita por William Shakespeare, célebre dramaturgo e poeta inglês que viveu de 1564 a 1616. Essas palavras foram ditas a seu amigo Horácio, como resposta às palavras que ele dissera, espantado com o espectro do rei morto: Ó dia e noite! É estranho!

Achei oportuna a citação do atormentado príncipe quando o assunto é OVNI, talvez o mais espantoso fenômeno de nossos tempos – objeto de curiosidade, às vezes de riso e incredulidade e mesmo, em certos casos, de medo.

Parece-me que o acontecimento mais recente no Brasil deu-se no último dia 19, quando, num canavial, na região de Votuporanga, a 519 km de São Paulo, a plantação foi amassada em um formato circular de cerca de 60 metros de diâmetro.Outras duas área circulares menores também foram amassadas a cerca de 15 metros da primeira área.

Noticiam os jornais que o Ministério de Defesa britânico decidiu abrir ao público, gradualmente, os seus “arquivos X”, relatórios confidenciais sobre aparições de objetos voadores não identificados (OVNIS). Segundo o jornalista Mark Towsend, no jornal inglês The Observer, são 7 mil relatórios de investigações nos últimos 30 anos, distribuídos em 160 arquivos. O que é real, o que não é... se é fantasia, confusão mental, imaginação exacerbada ou fato verdadeiro... se são manifestações extraterrestres ou atos de espionagem de algum país... só o tempo (talvez!) poderá esclarecer.

Não é que eu, também, resolvi abrir o meu humilde arquivo de um relatório só e contar a minha história? Sei que me arrisco a certos julgamentos assim como: “vive no mundo da lua” (neste caso, seria “da estrela”?...), “está fora de órbita”, “inventando para impressionar”. E assim por diante...

Aconteceu assim: era o dia 7 de fevereiro de 1982. Eu tinha ido à casa de minha amiga Luci, na rua Narciso Júnior, bairro Campo Alegre. Eu e minha filha Cláudia, ainda bem pequena, voltamos para casa passando pelo bairro de Santa Efigênia.

Era uma linda noite de verão. Domingo. Dezenove horas e quarenta minutos. As ruas estavam vazias. Nem viva alma! É que os trapalhões estavam no auge do sucesso. Quem não tinha ido à missa das sete da noite na Matriz de Nossa Senhora da Conceição (naquela época a missa não era às dezenove e trinta) estava com os olhos grudados na televisão rindo com as impagáveis trapalhadas do Didi, do Dedé, do Mussum e do Zacarias.

Já na rua Barão de Suassuí, ao passar em frente à rua Santa Cecília, vi um cachorro que me pareceu ameaçador e resolvi atravessar para o lado direito da rua. Por um acaso olhei para o céu e vi, em frente ao Colégio Estadual, uma estrela grande lindíssima piscando, muito branca, mas com raios alternadamente vermelhos, alaranjados e azuis. Era um espetáculo deslumbrante! Meus olhos ficaram tão presos ao astro que atravessei a rua como um autômato. Por sorte não passou nenhum carro!

Chegando ao passeio, tive o cuidado de verificar o número da casa em frente à qual estava passando: 595. Fixei de novo o olhar no fenômeno. Pelo fio elétrico eu comprovava que o objeto brilhante não saía do lugar. Não poderia, assim, ser um avião.

Já estava no número 366 quando resolvi atravessar a rua. Foi quando olhei para trás, por menos de um minuto. Quando voltei a olhar, o ponto luminoso já havia começado a mover-se. Quando cheguei em frente à descida da rua Dr. Zebral, eu o vi desaparecendo nas matas do horizonte. Ficou imóvel durante o meu trajeto de 229 metros e, no espaço andado de 80 metros mais ou menos, partiu do meio do céu e desapareceu atrás das árvores, lá ao longe.

Ao chegar na rua Coronel Nascimento, encontrei com pessoas que vinham da missa. Não acreditaram na minha história. Um primo que também vinha disse:

- Ali é rota de avião. Foi um avião que você viu.

Eu só respondi:

- Se amanhã os jornais noticiarem um disco voador, é o meu!

E não é que no dia seguinte os jornais e as emissoras de televisão noticiaram que um objeto não identificado, de grande brilho e beleza, na madrugada daquele dia, 8 de fevereiro, perseguiu o Boeing 727/200 da VASP por mais de uma hora, num vôo de Fortaleza para São Paulo? Cerca de 150 pessoas que estavam no avião acompanharam a luz. Foi assunto vibrante nos meios de comunicação por mais de uma semana. Até hoje o fato não foi explicado. E eu havia presenciado o OVNI umas sete horas antes, justamente numa rota de avião...

Só me resta parafrasear o velho timbira do I-Juca-Pirama de Gonçalves Dias:

- Leitores, eu vi!

Um comentário:

  1. Cara amiga Avelina,
    se viu, faz muito bem em contar a toda a gente!
    o céu ainda terá muito para nos surpreender
    abracinho
    Angela

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