segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

SALVE, SALVE SANTO ANTÔNIO













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SALVE, SALVE SANTO ANTONIO!

Avelina Maria Noronha de Almeida
avelinaconselheirolafaiete@gmail.com



Salve, salve o grande taumaturgo, aquele de quem disse o grande papa Pio XII ser o “santo que iluminou todo o século XIII e continua a iluminar todo o universo”!

Há mais de dois séculos e meio, nesta colina foi construída a igrejinha em homenagem a Santo Antônio. Local que já foi chamado “Morro das Cruzes”, mas posso chamá-lo hoje de “Morro das Bênçãos” porque o padroeiro deste singelo mas belo templo daqui prodigaliza bênçãos para o povo desta terra.

Nos tempos em que aqui se chamava Arraial do Campo Alegre dos Carijós, devem ter rezado aos pés da imagem, entre tanta gente, os mineradores, os escravos, os fazendeiros... Quem sabe Tiradentes também não dobrou os joelhos pedindo ajuda para conseguir a realização de seus sonhos? Em tempos de Queluz, devia o Santo ter sido tão venerado que até resolveram criar uma irmandade, a gloriosa irmandade que sobreviveu ao passar dos tempos e continua uma árvore viçosa ampliando cada vez mais sua copa e brindando os fiéis com flores de Devoção e frutos de Fé e Caridade.

Santo Antônio é grandioso pelas suas obras e pelas suas palavras e também por sua coragem em defender o povo de Deus, o que foi demonstrado em vários episódios de sua vida, como o que vou relatar. Santo Antônio, no mês de maio de 1231, já próximo à morte (faleceu no mês de junho seguinte), já enfraquecido pela doença que o acometia, soube que o terrível tirano Ezzelino estava trazendo muito sofrimento ao povo de Verona. Viajou, então, de Pádua para aquela cidade italiana. O malvado governante, quando soube da presença de Antônio na cidade, não sei se por curiosidade ou por maldade pensando em se divertir-se às custas dele, desejou conhecer Frei Antônio.

Santo Antônio ia questionar Ezzelino por manter como prisioneiro seu desafeto Rizzardo e também pobres agricultores que tinham sido condenados à prisão perpétua por não terem saldado as dívidas que tinham contraído com usurários.

Antes que o frei começasse a falar, o tirano perguntou se ele era paduano e teve como resposta:

“- Eu pertenço apenas a Deus”.

Ezzelino reagiu violentamente:

“- Não me fale de Deus ou ainda mando decapitá-lo antes de ouvi-lo”.

E o que falou Santo Antônio?

“ - Não vim ao seu castelo, Ezzelino, para falar sobre mim. Trago-lhe uma mensagem. Deus, o senhor dos exércitos, está contra o senhor, porque está sendo injusto e cruel. Ultrapassou todos os limites. O meu senhor lhe ordena que solte Rizzardo e os pobres que está mantendo em suas prisões!”

E enfrentado Ezzelino repreendeu-o duramente falando de seus crimes. Todos os que estavam assistindo ao encontro dos dois ficaram aguardando a reação do tirano, mas este não mandou executar a ameaça de morte e ficou a ouvir atentamente. Interrogado sobre o fato, disse que, enquanto o santo falava, vira um resplendor em seu rosto, o que o aterrorizara. Porém não soltou os prisioneiros. Por algum tempo pareceu compungido e devoto a Santo Antônio, que continuou a pregar contra os crimes daquele homem poderoso e cruel.

Certo dia, Ezzelino, arrependido e convencido da verdade das admoestações, mandou que seus servos levassem um presente a Santo Antônio: um saco cheio de ouro. Se ele aceitasse, deveriam matá-lo logo. Porém o frade não aceitou dizendo: “São fruto de rapina. Jorram o sangue dos pobres”.

Quando os servos transmitiram a resposta, ouviram do tirano:

“- É um homem de Deus. Deixai-o, e daqui por diante diga o que bem lhe aprouver”.

No mês seguinte, Frei Antônio morreu e, quatro meses depois de sua morte, Ezzelino deu a liberdade a Rizzardo e aos outros prisioneiros.

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